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Outubro Rosa é marca de sucesso

Tudo começou em 1990, na primeira corrida pela cura do câncer, realizada em Nova York. Após sete anos, se espalhou pelos Estados Unidos com atividades sobre a importância do diagnóstico precoce e da prevenção. Além dos laços cor de rosa, símbolo da campanha, no mês de outubro diversos monumentos em cidades espalhadas pelo mundo são iluminados com a mesma cor, como o Cristo, no Rio de Janeiro. Para marcar esta data, o Jornal Boas Novas conversou com a oncologista clínica do Grupo COI, Dr.ª Monica Schaum sobre aspectos relacionados ao câncer de mama em mulheres jovens.

BN: Por que o câncer de mama tem aumentado em mulheres jovens?
MS: Cerca de 80 a 90% dos casos são diagnosticados em mulheres acima dos 40 anos. Porém, existe uma tendência ao aumento da incidência em populações mais jovens. No Brasil, não temos dados que confirmem de forma inequívoca essa tendência. Entre as possíveis causas estão hábitos de vida não saudáveis como o sedentarismo, aumento da ingestão de bebida alcóolica e sobrepeso. Outros fatores são: a primeira menstruação precoce, gravidez em idade mais avançada ou ausência de gestação. Nessa faixa etária, existe também maior incidência de câncer hereditário. Os tumores de mama em mulheres mais jovens tendem a se apresentar de forma mais agressiva. Nesta faixa etária é mais frequente o diagnóstico de tumores triplo negativos, que se caracterizam por alto índice de proliferação tumoral. Além disso, muitas vezes o diagnóstico é realizado em fase mais avançada fruto de baixo índice de suspeição da doença.

BN: Como evitar o câncer de mama?
MS: Devemos ter hábitos saudáveis, como praticar atividade física e manter uma dieta equilibrada evitando o sobrepeso. Restringir o uso de bebidas alcóolicas e realizar a avaliação médica periódica com exame clínico das mamas, por profissional especializado, e mamografia a partir dos 40 anos. Existem algumas situações como: casos de câncer de mama em parentes de primeiro grau, câncer de ovário ou câncer de mama bilateral ou em membros do sexo masculino que sugerem população de alto risco para desenvolver a doença. Essas mulheres devem iniciar rastreio mais precoce e ser estudadas com a ressonância magnética das mamas. Outra dica é avaliação por médico oncogeneticista que definirá, baseado na história familiar, o risco de câncer hereditário e a opção de realizar testes para pesquisa de mutação dos genes BRCA1 e 2.

BN: O tratamento em mulher jovem é semelhante ao de uma mulher mais velha?
MS: A abordagem cirúrgica faz parte dos estadios iniciais e tanto a opção de cirurgia conservadora como de mastectomia variam de acordo com as características do tumor. A avaliação do comprometimento axilar, através da pesquisa do linfonodo sentinela, é rotina adotada. Os cirurgiões só fazem o esvaziamento axilar em casos de comprometimento dos gânglios nas axilas. Além disso, sempre que necessária, haverá avaliação com equipe de cirurgia reconstrutora. Hoje, as técnicas de oncoplastia estão bastante desenvolvidas e contribuem para melhorar a autoestima. Um dos principais efeitos colaterais nesta população é o risco de menopausa precoce e infertilidade, e muitas dessas mulheres ainda não gestaram e desejam fazê-lo. Diferente do que se pensava antigamente, a gestação não confere maior risco de recorrência da doença e existem estudos que apontam inclusive para um fator protetor. Pensando nisso, o risco deve ser explicado às pacientes jovens e ainda discutir com elas as opções para preservação da fertilidade que vão desde uso de medicamentos que inibem o funcionamento ovariano durante a quimioterapia e teriam efeito protetor no tecido ovariano, até técnicas de preservação de óvulos para posterior fertilização in vitro. Outro aspecto importante é o apoio psicológico durante todas as fases do tratamento e, principalmente, entre as mulheres jovens em virtude das questões relacionadas à autoestima que podem interferir na sexualidade e na qualidade de vida.

BN: Quais sinais nas mamas devem despertar a atenção?
MS: Retração de mamilo, alteração da consistência, aparecimento de nódulos, secreção nos mamilos, aparecimento de linfonodos aumentados na axila.

BN: Qual é a atual recomendação para o exame das mamas?
MS: Exame das mamas anual por médico e realização de mamografia a partir dos 40 anos. No entanto, é importante que a mulher observe sempre qualquer alteração no aspecto da mama e procure auxilio médico para melhor esclarecimento.

Fonte: Jornal Boas Novas – Informativo bimestral do Grupo COI * SET/OUT 2014 * Nº 5

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