Por Mônica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI
Pacientes que fazem a gastrectomia (remoção) parcial ou total do estômago precisam ter uma alimentação adequada em qualidade e quantidade, com oferta regular de alimentos para suprir as necessidades de calorias, proteínas, vitaminas e minerais.
O pós-cirúrgico é um período complexo, porque é o momento no qual o paciente precisa aumentar a oferta de nutrientes, mas, por outro lado, é justamente quando a capacidade de armazenamento do estômago e a tolerância dos alimentos estão bastante reduzidas. Por isso, quanto mais rápido o paciente reintroduzir a alimentação sólida e iniciar o uso de suplementos nutricionais orais, maior será o controle sobre a perda de peso e o estado geral.
Além das alterações da funcionalidade do estômago, são comuns o aparecimento de alterações metabólicas e deficiências nutricionais, falta de apetite, dificuldade na digestão, sensação de “barriga cheia” e outras queixas que impedem uma alimentação mais regular e nutritiva. Consequentemente, depois da cirurgia, a perda de peso pode se agravar, fato preocupante tanto para o paciente quanto para os profissionais de saúde.
Um sintoma muito comum em pacientes com gastrectomia total é a síndrome de Dumping, caracterizada pela passagem rápida do conteúdo do estômago para o intestino, acompanhado ou não por outras evidências, como a sudorese, a fraqueza, a náusea, as cólicas intestinais e a diarreia.
Esse quadro pode ocorrer de forma precoce, na primeira hora após a refeição, ou tardia, entre uma a três horas após a refeição. É um problema que pode ser controlado a partir de práticas alimentares adequadas. Por exemplo: evitar o consumo de açúcar, doces, gorduras; fracionar a alimentação em várias refeições com quantidade reduzida; comer devagar e mastigar bem os alimentos.
A melhor maneira de tratar as alterações provocadas pela gastrectomia e manter uma alimentação saudável é receber orientação de um nutricionista.
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